Palavras de Ives Gandra da Silva Martins
Algumas vezes, defendi o governo do Estado do Amazonas perante a
Suprema Corte, em ações diretas de inconstitucionalidade. Em uma delas,
o Ministro Marco Aurélio lembrou episódio protagonizado pelo Senador
Cristovam Buarque, nos Estados Unidos, quando lhe foi indagado se, como
humanista, e não como brasileiro, seria favorável tornar a Amazônia um
bem da humanidade, e não apenas dos brasileiros, dada a riqueza que
encerra e a importância de sua preservação. A tal pergunta, respondeu o
Senador que seria favorável a transformar a Amazônia em bem universal,
desde que o petróleo também o fosse, e não riqueza geradora de benefícios
apenas a alguns países; desde que os acervos de arte dos principais
museus do mundo, como o Louvre, o Metropolitan, o British, também
fossem internacionalizados e partilhados com os demais países, deixando
de pertencer apenas àqueles em que se encontram sediados; desde que os
recursos fi nanceiros que circulam nos grandes centros fossem igualmente
transformados em bem universal, a serviço do desenvolvimento de todas
as nações, e não apenas dos países já desenvolvidos. Como tais nações
não estão dispostas a partilhar seus bens com a humanidade, o Senador
concluiu não ver razão para quer como humanista, quer como cidadão
brasileiro, concordar com a universalização da Amazônia.
1 Comments:
Cristovan e o cara !
Hahaha....
Tem total razåo, quase sempre enxergamos as coisas so de um lado...
Os governos sao Egocentricos
A Midia e parcial
As empresas captalistas !
Cada pais e uma lingua, um costume, uma cultura...
Cada um por si...
E a velha `lei do mais forte` onde vence quem tiver o porrete maior
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