9.9.09

Despertar é Preciso

"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite,
já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
_
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
_
E já não podemos dizer nada.
[...]"

*Eduardo Alves da Costa/ Vladimir Maiakóvski