Eu Diria Isso

25.7.07

Vinde a mim

Sei que meus companheiros do blog não gostam muito do som, mas la vai mais uma letra:


Vinde A Mim (Fabio Altro)

O sol que aquece meu corpo
ofusca meu olhar,mas não mais o temo.

Agora sei
que meus passos no escuro enfim
me levaram além do mito
que em dias que pensei estar tão certo
me fez sangrar por meus olhos
ao não ver nada além do medo e da dor.

“Pobre criança te ajoelhes
e chores por crimes
que nunca imaginou ter cometido.
Peça o perdão pagão
e vinde aos braços que te aguardam
pra roubar-te a inocênciae dar-te a dor da angústia e da incerteza”.

Tantas vezes pensei andar em plumas
tropeçando sobre brasa e lanças
e ouvi tua voz dizer que um dia iria tera paz que sei, nunca guardaste pra mim.

E ouvi teus profetas
a me dizer que não há fim em tua bondade
caminhando entre a peste
que corrói teus filhos
e o olhar faminto e sem vida dos que beijam teus pés.

Não posso mais tocar-te
porque deixei de crer
em teus brados heróicos.

Adeus,
agora que sei que nas mais altas montanhas
o vento é bem mais forte
e tua sombra não mais queima
quem ousa te olhar nos olhos
e ver que teus castelos são de areia
e que não há nada além de tinta e sangue
em tuas escrituras.

18.7.07

- O que seria da guerra sem a morte?

- Esporte.

13.7.07

Pan 2007

"O Rio de Janeiro é como uma dona-de-casa preguiçosa; só arruma a casa quando tem visitas."

9.7.07

Lógica x Realidade

"Detesto a filosofia, detesto a razão; e sinceramente creio que num
mundo tão desconchavado como este, numa sociedade tão falsa,
numa vida tão absurda como a que nos fazem as leis,os costumes,
as instituições, as conveniências dela, afectar nas palavras a
exactidão, a lógica, a rectidão que não há nas coisas, é a maior e
mais perniciosa de todas as incoerências."

(Almeida Garrett, "Viagens na minha terra", 1843)


Garrett insurgia-se contra a lógica filosófica justamente numa
época em que predominava a racionalidade estrita do Iluminismo.
Além disso, contrariava com uma boa dose de ironia e sarcasmo
as "leis ficcionais" do período Romântico, como se pode ver nesse
trecho digressivo.

Vá lá: no seu tempo, era legítimo e patente o conflito entre os
ideais liberais e o antigo regime. O "mundo tão desconchavado"
dominado pela burguesia materialista e pela nova ordem
sócio-política colocava em xeque os antigos valores da
transcendência, do poder divino e do indivíduo como essência
lírica-literária.

Mas, ainda, me pergunto como isso ainda é válido nos dias de
hoje. ¿Vale a pena filosofar no desconchavo do nosso mundo, ou
deveríamos simplesmente viver nele, sem grandes digressões e
divagações? ¿Existe, de fato, alguma lógica, alguma 'rectidão',
alguma regularidade na 'vida-concretual' - rectidão tal que
empregamos na filosofia (e, talvez, nas ciências em geral) e que
desejamos apaixonadamente que corresponda ao objeto de
nosso estudo? ¿Ou estaria nossa razão irremediavelmente fadada
a incompreender a imperfeição do 'mundo-concretual' e fenomenológico que tentamos analisar?

¿É preciso digredir e questionar, como Garrett fez de fato em seus
escritos, ou deveríamos simplesmente nos resignar à 'falsa
sociedade' e à 'vida absurda', como Garrett propõe que
solucionemos esta incoerência?

5.7.07

Entre Narcisos, encontro-me desamparado

Quando fazer o melhor possível não é o suficiente, aquele que se esforça iguala-se àquele que desistiu antes mesmo de tentar.

4.7.07

Quebra-cabeças

Tudo que acontece, tudo que ocorre nada mais é do que uma grande transformação de energias.
Energias que circulam no fogo, no ar, na agua, na terra, em nossas emoções, em nossos pensamentos na própria vida !
Uma vida que movida a energia, ajuda a propagar acontecimentos ímpares catalogados em nossos subconcientes e na própria história, fazendo de cada pessoa, uma importante peça em um gigantesco quebra-cabeças que ninguem sabe direito como montar...