Eu Diria Isso

29.3.07

Por onde estive?

Por Onde Estive

Autor: Fábio "Nenê" Altro

Às vezes eu não entendo
Mas amo estar aqui
Te escutando dizer se importar
Me escapo um “Wilde não me permite”
Agora quer começar tudo mais uma vez

Mas o mundo não quer mais saber
De heróis pra lhe proteger
E lhe dizer que sim, lhe dizer que vão
Lhe provar que a cada dia
Estiveram lá... estiveram lá...

Sim, resisti nas fileiras corazon,
Com meus fuzis e a terra em minha saliva,
Mas marcharam tanto sobre meu pranto
Que não mais reconheço meu próprio rosto

Enterramos nossas bandeiras
Pra esperar a nuvem negra passar

E dizer que sim, dizer que é a hora
De pagar por cada dia...
Que estivemos lá... estivemos lá...

Ah Emma... já não nos deixam dançar...
Não nos deixam dançar...
(E aqui reside a questão que,
Nestas noites de batalha,
Escrevi com o próprio sangue de meus ferimentos
Neste uniforme surrado)
“Onde está meu capitão...
Oh, meu capitão, onde estás?”

O mundo não quer mais saber
De heróis pra lhe proteger
E lhe dizer que sim, lhe dizer que vão
Lhe provar que a cada dia
Estiveram lá... estiveram lá...

26.3.07

Questões Jurídicas (chatice)

Opinião... Certa vez em uma aula de Direito Penal, entramos no assunto aborto. Pra ilustrar
a aula, nosso mestre resolveu nos mostrar um vídeo de uma clínica que realiza o aborto. Como
não somos estudantes de medicina, sequer temos um laboratório à disposição, nos foram
apresentados todos os "cruéis" instrumentos para a terrível prática.
Em seguida, a técnica foi explanada, de como a criança sofre uma sucção e em seguida é feita
em pedaços.
Na cena seguinte a barbárie foi mostrada por raio-x. Infelizmente não consegui
distinguir nada. Obviamente, com o término do vídeo, 80% da sala estava absolutamente convencida de todos os males do aborto, sob influência da nossa querida moral cristã. Outros 20% estavam confusos.
Pra variar, eu fazia parte dos últimos.
Na verdade, em uma discução como essa, o que é importante inicialmente é trazer uma
metodologia de diálogo, sendo que qualquer posição exclui a outra. Por isso, faz-se
necessária a discussão sem desmoralizar a opinião contrária, mas tentar compreender; mesmo
porque traz um aprendizado e esclarecimento das próprias opiniões.
Historicamente, o aborto é tão velho quanto "andar pra frente", trazendo diferentes posições, dependendo da cultura e da sociedade em estudo.
Na Grécia Antiga, ele era aceito por motivos eugênicos ou demográficos.
Em roma, tendo em vista o direito patriarcal, cabia ao pai o destino do filho (amplamente
aceito).
"Folheando" a Bíblia, não encontramos referência alguma nem no Antigo, nem no Novo
Testamento. Nossa influência somente chega através de textos posteriores do Cristianismo
Primitivo, considerando-o como pecado capital.
Porém, o assunto voltou a ser discutido, por volta do século XX, quando do desenvolvimento
das liberdades democráticas. Foi colocada, então, a questão do direito da mulher em exercer
sua autonomia na gestação.
Tradicionalmente, os dois polos são denominados "pro life" (a favor da vida) e "pro choice" (a favor da escolha).
Pois bem. Não quero defender de todo a posição "pro choice". Mas convenhamos que a defesa da vida humana desde a fecundação não é coerente quando não se preocupa também com o ambiente social que depois irá receber essa criança. "Quando ela não é abortada pelo útero materno, o útero social a expelirá pela falta de condições". Por isso, de nada adianta se essa luta não for também constante pela luta dos direitos da criança no decorrer de sua vida. A questão do aborto deve ser discutida em âmbito amplo.
No entanto, colocar o aborto como solução, seria remediar os efeitos, jogando as causas para
debaixo do tapete. Os problemas perpetuam-se porque o aborto é uma solução fácil que elude o
problema. Em vez de implantar uma política de prevenção das causas, a lei favorece o aborto,
que lava as mãos diante de tudo. Acaba não tendo coragem de ir ao fundo do problema.
O aborto não passa de um sintoma dos problemas: mal planejamento familiar, atenção à saúde
da mulher, pobreza, pessoas nascidas com deficiência
, entre outros.
Como vemos, não é uma lei que vai dar solução a essas questões. É mais uma questão
sociológica, ou até moral. Que mania os juristas têm de achar que algo colocado em lei traz
a solução. Claro que não traz!!! Aliás acho que isso é uma deficiência do nosso sistema de "
Civil Law", em que tudo é posto. Nada é discutido ou conquistado.

Para finalizar, trago a conclusão do grande jurista José Roque Junges: " o modo coerente de
enfrentar eticamente o problema do aborto engloba várias tarefas em favor da vida humana:
tarefas de escuta e apoio às mulheres em situação de abortar, tarefas educativas no sentido
de superar atitudes de irresponsabilidade no uso da sexualidade e de despertar maior
sensibilidade pelo respeito à vida humana".

25.3.07

Dark Side Of The Moon

24/01/07

Helicópteros, 40 mil pessoas, 50 reais para deixar o carro na rua: não...não era um dia comum.
"In the Flesh" foi a confirmação de que algo inusitado estava acontecendo...E, não demorou muito ("Mother"), percebi que não conseguiria passar a noite sem lembrar daquele rosto, ainda que fosse "A" noite. Mas, lembrá-lo sempre foi bom, e não haveria de ser diferente.
Em algum momento durante "Shine On You Crazy Diamond" alguém passa do meu lado e diz uma palavra proibída. Nada de pânico! Me recuso a voltar para aquele buraco. Wish You Here me lembra de onde eu estava, e volto a aproveitar a noite.
Durante "Dark Side Of The Moon" percebo que não estou mais no estádio. Estou num lugar estranho. Me parece familiar, mas não consigo ver claramente ao meu redor. Algumas sensações e aromas vêem a tona, e percebo que o tempo parou.
Ouço relógios, começa "Time" e estou de volta ao Morumbi, e percebo que tem um porco voando pelo estádio. Nada de anormal.
Algumas horas depois, me encontro em algum lugar entre Morumbi, Perdizes e Alto de Pinheiros... Estou rodeado de prédios, pessoas, amigos (por que não?), aquela velha fumaça. Uma sensação de bem estar toma conta de mim. Há muito tempo não prestava atenção nas cores (talvez nem as visse). Meu deus! Como pude ficar tanto tempo sem a cor vermelha!! Sem mencionar azul! Laranja!!!
Depois de tanto tempo, descubro que não queria estar em outro lugar que aqui (ali). É como se aquela névoa desaparecesse, e a luz volta a bater. Na forma de um prisma, claro.
Estou de volta! Fui ao país das maravilhas, e voltei praticamente intacto.

PS: Onde mais se veria um porco voando?!?!
PS2: Pensando SERIAMENTE em mudar para o Oriente Médio...

20.3.07

Baralho, cigarro, vinho(s), Foucault, e algumas horas a menos...

Acho que não quero mais achar.
Penso em como não pensar.



Lord Henry: - A decadência me fascina.

7.3.07

Pornofilosofia

Atentendo milhares de pedidos, vamos inaugurar um novo campo de discussão: a Pornofilosofia.
Como todo conjunto de conhecimento, não há consenso acerca do seu conceito. Estamos abertos à sugestões. Mas, no entanto, não há dúvida sobre um dos principais representantes da Pornofilosofia: Genne Simons. Para aqueles que ainda não tiveram contato com o pensador, gostaria de propor uma discussão, tendo em pauta um dos seus principais axiomas:

" Women are from Mars, and men have penis".

2.3.07

ZZZZZZZZZZZZZZZZ

- Foi boa a aula hoje?
- Ótima! Acabou em palmas.
- Sério?! E qual foi o assunto?
- Não sei. Acordei com as palmas...